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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Oi galera,

Segue abaixo o link do belíssimo discurso da escritora nigeriana Chimamanda Adichie sobre o "perigo da história única". Dito de outra forma, o perigo do único ponto de vista! É interessante porque o Alexander também tentou nos passar essa ideia na suas falas quando esteve no colégio.

Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=O6mbjTEsD58&feature=related
Parte 2:
http://www.youtube.com/watch?v=SZuJ5O0p1Nc


Beijos,

Flora

3
domingo, 22 de maio de 2011

Olá queridos alunos 9 E,

Na última aula vocês fizeram algumas perguntas...As respostas estão abaixo e fica de curiosidade para todos:

A Suíça tem exército e aeronáutica, com 120 mil homens na atualidade. A Suiça não tem Marinha, por não ter litoral, como eu falei em sala.

O Vaticano e o Papa é protegido pela Guarda Suiça. Não é o exército suiço. Existem algumas condições são exigidas para que um suiço faça parte da Guarda Suiça, que já existe há mais de 500 anos.

Beijos,

Flora

2
quarta-feira, 4 de maio de 2011

Gostaria, primeiramente, de parabenizar os estudantes da 9 série do Colégio Santo Antônio pelo comportamento, pelo respeito, pela atenção durante o depoimento de Aleksander Laks. É um parabéns especial, porque tenho certeza que vocês se comportaram não só porque nós professores pedimos que comportassem, obedecendo uma regra. Vocês se comportaram porque são educados, sabem respeitar e mais do que isso (e é por isso o meu parabéns especial), porque vocês tiveram curiosidade, interesse em aprender, em conhecer uma história de vida mais que especial. Meu beijo especial à 9 B, a turma que levei ao auditório!

Aleksander Laks é uma pessoa muito especial e percebemos isso desde o primeiro momento da sua fala. Se para ele o que ele viveu é indescritível, como ele mesmo nos relatou em diversos momentos, para mim é indescritível expressar a importância desse relato na minha vida e, acredito, na vida dos alunos. A lição de vida do Aleksander Laks foi uma das aulas mais inesquecíveis que tive na minha vida e acredito que assim também tenha sido para os alunos que assistiram. Não há palavras para agradecer!
Aleksander Laks é um sobrevivente do holocausto que adotou o Brasil como lar depois de passar por campos de refugiados na Alemanha e de tentar viver nos Estados Unidos quando não queria mais morar na Europa. No Brasil vivia sua tia, irmã de seu pai, que o acolheu como a um filho. Aleksander agradece: “Hoje sou brasileiro e amo o Brasil, assim como era polonês e amava a Polônia”. Entre a Polônia e o Brasil, muito sofrimento e a presença da fome e da morte a cada dia durante 5 anos.
Foram tantas frases e histórias marcantes! Cada detalhe que foi responsável para que ele vivesse e pudesse nos contar sua história de vida é inacreditável. Mas ele sobreviveu e cumpre a missão deixada por seu pai: CONTAR para que esse sofrimento nunca possa ser esquecido e nunca mais se repita. Cada relato era acompanhado por lágrimas e mais lágrimas, inclusive as minhas. E no final, com todo o seu coração, Aleksander nos pede desculpas por ter-nos feito chorar. Que ser humano! Que exemplo!
Algumas passagens marcantes:
Os amigos de infância que o delatavam como judeu assim que os alemães invadiram a Polônia. A história do neném no esconderijo, onde “cada segundo pareciam 10 anos”.
A percepção do pai de que seria perigoso ir à escola do gueto, o que salvou sua vida. É dessa escola do gueto de Lodz que ele conseguiu resgatar uma fotografia das crianças entre as quais ele é o único sobrevivente.
A família se entregar aos alemães por falta de alternativa, devido à fome.
A passagem por 5 campos de concentrações diferentes, inclusive Auschwitz, o principal campo de extermínio de judeus na Segunda Guerra, onde foi recebido pela crueldade da frase “você está em Auschwitz, aqui só se sai pela chaminé”.
Acredito que o momento em que ele recebeu um quilo de pão dos alemães por se entregarem foi o que eu mais chorei: “Aquele quilo de pão foi a maior riqueza que eu tinha em minhas mãos, nenhum ouro, nada pode se equivaler àquilo”.
O momento em que ele nos contou sobre a morte de seu pai também foi de enorme tristeza e ainda mais quando ele nos contou que se pai desabafou: “Se vamos morrer mesmo porque não morremos logo no início para que não tivéssemos sofrido”. Uma expressão de desespero!
Ainda tem a “Marcha da Morte”, mais uma crueldade pela qual passou e sobreviveu. Sobreviver à marcha da morte! Uma contradição, não?! Aleksander conseguiu viver ao que parecia ser impossível. A prova do amor de seu pai nessa marcha também foi incrível. O pai dele agüentou até o fim para que Aleksander não desistisse de viver.
O “anjo” que o deu leite morno no trem quando ele sentia que estava morrendo.
Além das marcas da alma, todas as marcas no corpo: o peso de 28 quilos aos 17 anos no fim da guerra, o nariz quebrado por uma coronhada e a perda de olfato de uma narina, os dentes arrancados cruelmente, sem necessidade nenhuma, quando ele teve que ficar calado, pois caso contrário seria fuzilado. Quantas vezes ele ouviu essa frase: “senão será fuzilado”.
Um recado em especial para os estudantes: “Quando chegarem em casa beijem seus pais e falem para eles o quanto você os ama. Eles já sabem. Mas é sempre bom ouvir e falar desse amor. É bom repetir”. “Aprendam a não brigarem por picuinha”.
A sua preocupação em nos ensinar sobre preconceito, pré-conceito, algo criado antes de conhecer, antes de criar um conceito. “Se você decidir que não quer ser amigo de alguém conheço essa pessoa antes e aí você decidiu porque criou um conceito. Se não conhecer antes será um pré-conceito”. E mais: “Não interessa se alguém é judeu ou cristão, branco, negro, moreno, loiro, ninguém é melhor do que ninguém devido à sua cultura religiosa ou sua cor”. Ele também falou que existem raças sim: “raças suínas, eqüinas, caninas. Entre os homens uma única raça: raça humana”.
Sem falar as tantas vezes em que ele fez questão de repetir: “A vida é muito cara, não pode ser tratada com crueldade” e “Todo mundo tem direito à vida”. E ele sempre reafirmava: “Não se esqueçam disso”! Não vamos esquecer Aleksander! Pode ter certeza! As suas palavras não têm preço. São muito caras!

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