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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Aproveitei o momento de desaceleração do trabalho e resolvi "colocar em dia" a minha vida cultural.
Fui ao Espaço Fiat de Cultura, onde vi a exposição Roma. É a última semana da exposição. Achei linda! Muito legal! Como as exposições estão cada vez mais maravilhosas! Que bom que BH tem sido rota dessas exposições que antes se restringiam ao RJ e à SP. Belas esculturas com mais de 1800 anos! Vale a pena conferir!
Depois fui ao Espaço Minas Gerais, da Vale, na praça da liberdade. Fiquei lá dentro durante 3 horas e, mesmo assim, não foi suficiente para ver tudo com a atenção que eu gostaria de dar, com o tempo que cada parte da exposição merece.
São muitas salas, muitas homenagens, muitas e muitas coisas para se observar.
Vou destacar, nesse post, as obras de Sebastião Salgado, um dos mineiros homenageados. Ah! Não posso esquecer de falar que faço aniversário no mesmo dia que ele (rsrsrs)!!

Ao relembrar e conhecer mais fotos de Sebastião Salgado, primeiramente, eu pensei: Nossa! Se eu tivesse tirado algumas dessas fotos eu teria chorado muito. São muito tristes! Depois pensei: choraria mesmo, pela tristeza sim, mas não apenas pela tristeza. Andar pelo mundo prestando a atenção nas pessoas. Já faço isso, não as ignoro, não as relego, sinto, penso, me indigno, me felicito. Pela sensibilidade que acredito que o Sebastião Salgado tem, eu repensei: a tristeza sim, mas também a força; a dor sim, mas também a esperança; a injustiça sim, mas também o potencial humano. São essas as sensações que leio nos olhares, nas expressões, nas rugas, no esforço físico (muitas vezes sobrehumano) dos que ele fotografa. Mesmo nas imagens de paisagem, como as das megacidades, que Sebastião Salgado destaca, focaliza, impõe um ponto de vista, há pessoas. As paisagens são feitas de pessoas, para pessoas, através de pessoas. No plano das ideias ou da concretude, as paisagens são feitas de homens. Entre os exilados dos “Êxodos” há a tristeza de não terem mais o seu lugar, de não terem mais lugar algum, e, portanto, de não terem mais o mundo. A magreza da pobreza que se expressa na criança esquálida. Miséria humana. Anônimos reais, anônimos que edificam o mundo e que são tratados como invisíveis. Miséria maior: a invisibilidade! Nas fotografias, continuam anônimos, porém com visibilidade. A visibilidade impressa pelo fotógrafo, pelo autor Sebastião Salgado. Vemos, assim, o sorriso do olhar, do rosto, da mente, que parecem querer revelar: não sou mais invisível! Que benção! A invisibilidade é perversa, é marginalizante: o invisível não existe (ponto).Mas, há, também, o afeto da mãe que carrega a criança para o exílio (onde?). A criança já lê o mundo...e que mundo (?) (!).

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